O criador do Sítio do Picapau Amarelo morre, às 4 horas da madrugada, em casa, vitimado por um derrame. O corpo foi velado na antiga Biblioteca Municipal de São Paulo e em seu cortejo fúnebre, que seguiu a pé até o Cemitério da Consolação, onde mais de dez mil pessoas cantaram o Hino Nacional.
2 de julho de 1948, Monteiro Lobato concedeu à rádio Record aquela que seria a última entrevista de sua vida, a qual encerrou com as palavras: “O Petróleo é Nosso!”.
Participa da fundação da revista Fundamentos; publicados os folhetos “De quem é o petróleo na Bahia” e “Georgismo e Comunismo”.
Vai a Salvador assistir a opereta “Narizinho Arrebitado”, de Adroaldo Ribeiro da Costa. Lobato escreveria novo libreto para o espetáculo, considerado sua última criação infantil.
De volta ao Brasil Lobato continua lutando contra a censura e a favor da Democracia. Diante da proibição das atividades do Partido Comunista em todo o país, determinada pelo ministro da Justiça, escreve para um comício de protesto a parábola do Rei Vesgo. Lido e aclamado pela multidão reunida no Vale do Anhangabaú na noite de 18 de junho, o texto reflete o desencanto de Lobato com a democracia restritiva do general Dutra.
Monteiro Lobato volta ao Brasil. Em entrevista aos repórteres que o aguardavam no aeroporto, classificaria o governo Dutra de “Estado Novíssimo, no qual a Constituição seria pendurada (suspensa) num ganchinho no quarto dos badulaques”.
A Editorial Codex, de Buenos Aires, lança uma série de livretos de armar, com textos de Lobato. Ilustrados por Eugenio Hirsch e Carmen Hidalgo, constituíram novidade na época. Lobato faz sucesso na Argentina.
Lançamento da segunda série (literatura infantil) das “Obras Completas” pela Brasiliense, com 17 volumes. A Editorial Vitória lança “Zé Brasil” em que Lobato reelabora seu personagem Jeca Tatu, transformando-o em trabalhador sem terra, esmagado pelo latifúndio.
Inaugurada a Livraria Monteiro Lobato, da Editora Brasiliense.
Em Buenos Aires, Lobato funda, com Manuel Barreiro, Miguel Pilato e Ramón Prieto, a Editorial Acteon.