Monteiro Lobato

Categoria da Linha do Tempo: 1925 – 1927 – Lobato no Rio de Janeiro

Decretada a falência da Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato

Decretada a falência da Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato, o escritor mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, 8/11/1925. “Fiz leilão da minha casa em São Paulo e montei outra aqui – rua Professor Gabizo 97. Vida nova, tudo novo. Não quero nada que lembre o passado. Quem vive a olhar para o passado é como quem caminha de calcanhares para a frente.”, Monteiro Lobato, Rio de Janeiro.

08/11/1925
1926

Artigos sobre Henry Ford

Monteiro Lobato publica em O Jornal, do Rio de Janeiro, uma série de artigos sobre Henry Ford. Vertidos para o inglês, foram publicados com o nome de “How Henry Ford is regarded in Brazil”.

Academia Brasileira de Letras

Lobato concorre novamente e perde a eleição na Academia Brasileira de Letras.

03/1926
20/03/1926

O nosso dualismo

O Diário de São Paulo publica o artigo “O nosso dualismo” em que Lobato, referindo-se ao modernismo, afirma: “Essa brincadeira de crianças inteligentes (…) vai desempenhar uma função muito séria em nossas letras. Vai forçar-nos a uma atenta revisão de valores e apressar o abandono de duas coisas a que andamos aferrados: o espírito da literatura francesa e a língua portuguesa de Portugal”, Monteiro Lobato.

Já apareci em seis países

“Fui traduzido na Síria por E. Kouri; na Alemanha por Fred Sommer; na França por Duriau. E como de muito tempo ando com a Espanha e a Argentina no papo, já apareci em seis países. Quer dizer que só fali comercialmente.” M.L., Rio de Janeiro.

07/05/1926
13/05/1926

Post-Scriptum Pachola

Pelas páginas do suplemento paulista do jornal A Manhã, Mario de Andrade refuta o artigo “O nosso dualismo” com o texto “Post-Scriptum Pachola”. Ao final, “com o coração sangrando e os olhos mojados de lágrimas”, anuncia a morte de Lobato. Mais um capítulo da polêmica com os modernistas.

Revue de L’Amerique Latine

A Revue de L’Amerique Latine, n.º 56, publica “Meu conto de Maupassant”, de Urupês, vertido para o francês por Jean Duriau.

08/1926
05/09 a 01/10/1926

O Choque das Raças

O jornal A Manhã lança com grande estardalhaço o folhetim “O Choque das Raças”, publicado sob a forma de livro pela Companhia Editora Nacional no Natal do mesmo ano, com tiragem de 16 mil exemplares. O único romance de Lobato e tendo como temática um evento futurista – as eleições nos EUA em 2228- , nessa obra Lobato realiza profunda reflexão sobre preocupações permanentes da humanidade. Discute temas como a luta entre os sexos, conflitos raciais e injustiça social, ao mesmo tempo que reavalia os conceitos de liberdade e dominação. Apesar da admiração pelos EUA, coloca o dedo na ferida da desigualdade entre as raças e do perigo do consumismo extremado daquele país.

As Aventuras de Hans Staden

Lançamento de “As Aventuras de Hans Staden”, adaptação de “Meu Cativeiro entre os Selvagens do Brasil” para o público infantil.

1927
01/1927

Mister Slang e o Brasil

Lobato publica, em O Jornal, do Rio de Janeiro, sob a forma de folhetim, “Mister Slang e o Brasil” que tinha como subtítulo “Colóquios com o inglês da Tijuca”. Seria lançado como livro em maio desse mesmo ano, pela Companhia Editora Nacional.

Editar é fazer psicologia comercial.

“A nossa nova empresa editora vai com todos os ventos favoráveis. Cada edição, um triunfo. (…) Queres ver como entre nós vão as coisas evoluindo e como está ficando yankee a nossa técnica editora? Anos atrás, na velha companhia, quando tirávamos de uma obra 3.000, todo mundo achava que era arrojo. Pois hoje começamos muitas com 10.000 (…). E soltamos a avalanche de papel sobre o público como se fosse uma droga de farmácia, um Biotônico. Anúncios, circulares, cartazes, o diabo. O público tonteia, sente-se asfixiado e engole tudo. (…) Editar é fazer psicologia comercial.” M.L., Rio.

07/02/1927
15/02 a 17/02/1927

O Imposto Único

La Revue Nouvelle publica na França O Imposto Único, texto de Lobato traduzido por Jean Duriau.