Monteiro Lobato

Categoria da Linha do Tempo: 1945 – 1948 – Os Últimos Anos de Lobato

Nasino

Lançamento de “Nasino”, edição italiana de Narizinho.

1945
1945

Convidado pelo Partido Comunista

Convidado pelo Partido Comunista para fazer parte de sua chapa de candidatos às eleições gerais marcadas para dezembro, Monteiro Lobato não aceita.

Lobato acompanha o processo de redemocratização

Lobato acompanha o processo de redemocratização que sacudiu o país, culminando com o fim da ditadura do Estado Novo e a queda de Getúlio Vargas em 29 de outubro, e mostra-se pessimista com a perspectiva da vitória de Dutra nas eleições.

1945
01/1945

Redemocratização plena do país

Monteiro Lobato integra a delegação paulista do I Congresso Brasileiro de Escritores reunido em São Paulo. É divulgada, no encerramento, uma declaração de princípios exigindo “legalidade democrática como garantia da completa liberdade de expressão do pensamento” e a redemocratização plena do país.

Entrevista ao Diário de São Paulo

Após o longo período de isolamento imposto pela censura do Estado Novo, Lobato concede entrevista ao Diário de São Paulo, de grande repercussão.

03/1945
05/1945

A Menina do Narizinho Arrebitado

“A Menina do Narizinho Arrebitado” é transformado em novela para crianças pela Rádio Globo no Rio de Janeiro.

Segunda Guerra Mundial chega ao fim

Com a rendição dos alemães, a Segunda Guerra Mundial chega ao fim.

05/1945
06/1945

Personagens da obra infantil de Lobato

William Rex Crawford, adido cultural da embaixada americana no Rio de Janeiro, encaminha a Walt Disney sugestão de Luiz de Toledo Piza para que fossem incorporados temas e personagens da obra infantil de Lobato em futuras produções de seu estúdio.

Instituto Cultural Brasil-URSS

Lobato participa da fundação e torna-se diretor do Instituto Cultural Brasil-URSS.

06/1945
06/1945

Lobato assina contrato

Lobato assina contrato com a Editora Brasiliense para edição de suas Obras Completas.

Recuperando-se de intervenção cirúrgica

Recuperando-se de intervenção cirúrgica em que retirou um quisto no pulmão, Monteiro Lobato envia discurso gravado de saudação a Luís Carlos Prestes para o comício realizado pelos comunistas no Estádio do Pacaembu, São Paulo.

07/1945
08/1945

Bombas atômicas

Os EUA lançam duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Obras Completas

Lançamento da primeira série (literatura geral) das “Obras Completas” pela Brasiliense, em 13 volumes.

1946
01/1946

General Dutra

General Dutra toma posse na presidência da República.

Lobato torna-se sócio da Editora Brasiliense

Lobato torna-se sócio da Editora Brasiliense, fundada em novembro de 1943 por Caio da Silva Prado, Leandro Dupré, Hermes Lima, Artur Neves e Caio Prado Júnior.

02/1946
06/1946

Monteiro Lobato embarca para a Argentina

Monteiro Lobato embarca para a Argentina. De acordo com a família este auto-exílio foi provocado pelo decepção e amargura com relação aos políticos brasileiros alem de ser um ato publico de repudio ao governo da época e à censura a que foi submetido.

Editorial Acteon

Em Buenos Aires, Lobato funda, com Manuel Barreiro, Miguel Pilato e Ramón Prieto, a Editorial Acteon.

10/1946
11/1946

Inaugurada a Livraria Monteiro Lobato

Inaugurada a Livraria Monteiro Lobato, da Editora Brasiliense.

Zé Brasil

Lançamento da segunda série (literatura infantil) das “Obras Completas” pela Brasiliense, com 17 volumes. A Editorial Vitória lança “Zé Brasil” em que Lobato reelabora seu personagem Jeca Tatu, transformando-o em trabalhador sem terra, esmagado pelo latifúndio.

1947
1947

Lobato faz sucesso na Argentina

A Editorial Codex, de Buenos Aires, lança uma série de livretos de armar, com textos de Lobato. Ilustrados por Eugenio Hirsch e Carmen Hidalgo, constituíram novidade na época. Lobato faz sucesso na Argentina.

Monteiro Lobato volta ao Brasil

Monteiro Lobato volta ao Brasil. Em entrevista aos repórteres que o aguardavam no aeroporto, classificaria o governo Dutra de “Estado Novíssimo, no qual a Constituição seria pendurada (suspensa) num ganchinho no quarto dos badulaques”.

05/1947
06/1947

Censura e Democracia

De volta ao Brasil Lobato continua lutando contra a censura e a favor da Democracia. Diante da proibição das atividades do Partido Comunista em todo o país, determinada pelo ministro da Justiça, escreve para um comício de protesto a parábola do Rei Vesgo. Lido e aclamado pela multidão reunida no Vale do Anhangabaú na noite de 18 de junho, o texto reflete o desencanto de Lobato com a democracia restritiva do general Dutra.

“De quem é o petróleo na Bahia” e “Georgismo e Comunismo”

Participa da fundação da revista Fundamentos; publicados os folhetos “De quem é o petróleo na Bahia” e “Georgismo e Comunismo”.

1948
12/1947

Última criação infantil

Vai a Salvador assistir a opereta “Narizinho Arrebitado”, de Adroaldo Ribeiro da Costa. Lobato escreveria novo libreto para o espetáculo, considerado sua última criação infantil.

Última entrevista de sua vida

2 de julho de 1948, Monteiro Lo­ba­to concedeu à rádio Record aquela que se­ria a última entrevista de sua vida, a qual encerrou com as palavras: “O Petróleo é Nosso!”.

07/1948
04/07/1948

Última entrevista de sua vida

O criador do Sítio do Picapau Amarelo morre, às 4 horas da madrugada, em casa, vitimado por um derrame. O corpo foi velado na antiga Biblioteca Municipal de São Paulo e em seu cortejo fúnebre, que seguiu a pé até o Cemitério da Consolação, onde mais de dez mil pessoas cantaram o Hino Nacional.